Cidadania O meu trabalho debruça-se sobre o cidadão enquanto elemento interveniente na República. A República implica uma aproximação entre o governo e o povo, sendo que o cidadão é incumbido de um papel activo na política, pelo sufrágio, pelo acompanhamento do evoluir das questões e subsequente crítica e contestação. Face ao panorama social, económico e político e à evolução do mesmo, esta intervenção tem vindo a  variar muito de indivíduo para indivíduo. Havendo quem se manifesta politicamente, constrói e assume convicções; quem se interessa mas cuja participação é moderada; e quem está completamente desligado desta realidade e prática do direito cívico no contexto político. Há uma grande disparidade no que toca à noção de responsabilidade civil e cidadania, à crença na democracia e na república, e à crença no seu próprio poder enquanto cidadão. Tive, pois, como intenção explorar esta problemática. Para tal, abordei pessoas na rua, próximas da minha faixa etária (entre adolescentes e jovens adultos), a quem coloquei a questão “como te posicionas perante a República?”. Consoante as respostas, fotografei cada pessoa de frente, de lado, ou de costas, de forma a representar as diferentes posições e níveis de intervenção na República de cada indivíduo.